sábado, 27 de outubro de 2012


Capítulo 1 – Por que pensamos em dias melhores?
“Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos”.    
                                                                                                                                       A. Einstein
Imagino que, quando falamos em dias melhores, supomos a ocorrência de dias ruins, ou dias piores e poucas pessoas costumam  parar para se perguntar o que faz com que seus dias sejam bons, ruins, melhores ou piores que outros já transcorridos. Isso quer dizer que costumamos julgar o dia vivido apenas superficialmente, a partir de algo como “não esperava perder essa oportunidade” ou “não pensei que as coisas acabariam assim”.
Normalmente, nossa avaliação dos dias passa por dois critérios fundamentais, que se aplicam a praticamente todas as situações: acontecem coisas que não queríamos que acontecessem ou as coisas que esperávamos que acontecessem não acontecem, bastante óbvio. Porém essa constatação leva a uma simplificação ainda mais óbvia: satisfação e frustração são os critérios superficiais que usamos para dizer se nossos dias são bons ou ruins.
E daí? Saber que tudo se resume ao que nos dá satisfação ou nos frustra é algo que claramente compreendemos. Compreender, contudo, não muda os fatos. Não deixamos de nos frustrar por compreender a frustração.
Quando somos contrariados, é natural que nossa reação seja negativa, que pensemos o fato de modo pessimista. A questão então pode estar na maneira como percebemos os fatos, ou seja, o fato em si pode ser frustrante ou não, dependendo da forma como olhamos para ele.
Vários bens que a humanidade adquiriu nasceram de aparentes frustrações – um descuido de um assistente com amostras de vírus levou Louis Pasteur a descobrir as vacinas que salvam tantas vidas, assim como a angústia de não poder voar como os pássaros levou Leonardo Da Vinci a projetar o pára-quedas e o primeiro helicóptero – o que diferencia uma frustração de uma realização é a maneira como foram encaradas as situações vividas.
Quando algo vai mal, quando não obtemos os resultados que desejamos, é possível, necessário e útil pensar que estamos fazendo de forma errada o que de outra forma poderia dar certo.
Devemos então jogar fora o que não deu certo? Não exatamente. Devemos desconsiderar o modo como tentamos realizar aquilo que não deu certo e procurar um outro  meio de consegui-lo.                      
Voltar atrás e aceitar que erramos no modo como tentamos não implica derrota, implica persistência.  Chorar dificilmente vai resolver algum problema, pode até aliviar a tensão do momento, mas “Lágrimas não são argumentos”, já disse uma vez Machado de Assis.

3 comentários:

  1. Muito bom! Com certeza vou acompanhar!

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  2. adorei professor. Aguardo ansiosa por mais uma parte de seu livro!

    Por: Ana Gelamo ( coleégio coopem - 1º colegial)

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  3. Profº Mané,é um privilégio poder ler sua obra, realmente ela é inspiradora.Parabéns e até o próximo capítulo..
    Paula Castello - Colégio Sagrado

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