Capítulo 1 – Por que pensamos em dias melhores?
“Temos o destino que merecemos. O
nosso destino está de acordo com os nossos méritos”.
A.
Einstein
Imagino que, quando
falamos em dias melhores, supomos a ocorrência de dias ruins, ou dias piores
e poucas pessoas costumam parar para se
perguntar o que faz com que seus dias sejam bons, ruins, melhores ou piores que
outros já transcorridos. Isso quer dizer que costumamos julgar o dia vivido
apenas superficialmente, a partir de algo como “não esperava perder essa
oportunidade” ou “não pensei que as coisas acabariam assim”.
Normalmente, nossa
avaliação dos dias passa por dois critérios fundamentais, que se aplicam a
praticamente todas as situações: acontecem coisas que não queríamos que
acontecessem ou as coisas que esperávamos que acontecessem não acontecem,
bastante óbvio. Porém essa constatação leva a uma simplificação ainda mais
óbvia: satisfação e frustração são os critérios superficiais que usamos para
dizer se nossos dias são bons ou ruins.
E daí? Saber que tudo se
resume ao que nos dá satisfação ou nos frustra é algo que claramente
compreendemos. Compreender, contudo, não muda os fatos. Não deixamos de nos
frustrar por compreender a frustração.
Quando somos
contrariados, é natural que nossa reação seja negativa, que pensemos o fato de
modo pessimista. A questão então pode estar na maneira como percebemos os
fatos, ou seja, o fato em si pode ser frustrante ou não, dependendo da forma
como olhamos para ele.
Vários bens que a
humanidade adquiriu nasceram de aparentes frustrações – um descuido de um
assistente com amostras de vírus levou Louis Pasteur a descobrir as vacinas que
salvam tantas vidas, assim como a angústia de não poder voar como os pássaros
levou Leonardo Da Vinci a projetar o pára-quedas e o primeiro helicóptero – o
que diferencia uma frustração de uma realização é a maneira como foram
encaradas as situações vividas.
Quando algo vai mal,
quando não obtemos os resultados que desejamos, é possível, necessário e útil
pensar que estamos fazendo de forma errada o que de outra forma poderia dar
certo.
Devemos então jogar fora
o que não deu certo? Não exatamente. Devemos desconsiderar o modo como tentamos realizar aquilo que
não deu certo e procurar um outro meio
de consegui-lo.
Voltar atrás e aceitar
que erramos no modo como tentamos não implica derrota, implica persistência. Chorar dificilmente vai resolver algum
problema, pode até aliviar a tensão do momento, mas “Lágrimas não são
argumentos”, já disse uma vez Machado de Assis.
Muito bom! Com certeza vou acompanhar!
ResponderExcluiradorei professor. Aguardo ansiosa por mais uma parte de seu livro!
ResponderExcluirPor: Ana Gelamo ( coleégio coopem - 1º colegial)
Profº Mané,é um privilégio poder ler sua obra, realmente ela é inspiradora.Parabéns e até o próximo capítulo..
ResponderExcluirPaula Castello - Colégio Sagrado